maio 272012
 

Opaco do lado do coração
como um caroço amarrado
sertão com febre, o corpo fraco
cutuca o peito até que quebre.

O ar me tira, respiro a chama
A mira vã que a cura espera
O sol que queima, a boca seca
seca e derrama, a mente pira.

A sina torpe, me chama à cama
Tira meu sono, me dá a lã
A luz escura perturba o sonho
me alucina, idéia sã.

Carnificina: o peito inflama
embebe o sangue, se dissemina
briga de humores, sem ter um dono
me mata um pouco, mas tira as dores.

Henrique Sater – 23/05/2012

Sorry, the comment form is closed at this time.