maio 272012
 

 

(dedicado à Thais)

Assume a forma de minhas pálpebras
e nelas pesa cada piscar
se cada vez que cerro os olhos
já não garanto o próximo olhar
enterro o mar do pensamento
e adentro o chão que voa e some
me perco e encontro sala sem centro
me escondo e ouço: ouvido aberto
vozes que insistem na luz sumida
cabeça pesa, parece ferro
quero acordar, estou bem perto
encerro o sonho, recorro à fala
sentido quero mas não vislumbro
e cerro os olhos sem novo olhar.
Já não garanto.
Já não garanto.
Já não…
Já…

Henrique Sater – 24/05/2012

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