maio 282012
 

Vida que escorre pelas mãos
chega ao ponteiro das horas
imiscui-se até o marco dos minutos
tece o registro frágil dos segundos
e debruça-se sobre cada estalada.

Até que zera e dispara seu alarme.

Tentam trocar-lhe a bateria
e disparar-lhe cada badalada.

Já não parece mais nada do que era
porém insistem em girar-lhe cada volta
dar-lhe das sessenta o minuto
e suspirar-lhe mais sessenta em uma hora.

Quando, já escorrido quase tudo,
foi-se o alarme, o alerta e a música
marca apenas segundo por segundo.

Henrique Sater (05 de janeiro de 2012)

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