Primeiro a hipnose
leite cândido escorre nas veias
encontra neuroses
traz paz profunda
abismos em picos delirantes
sólidos vazios cheios de sono.
Segundo a alucinação
ópio legalizado em minhas entranhas
me alcança no abismo
fulgaz alegria descontrolada
insights em flashes eufóricos
voláteis ácidos vazios de dor.
Enfim a paralisia
veneno curarizado inunda as fibras
persegue meu vôo
mordaz êxito compulsório
golpes em músculos fundantes
paréticos dardos sem movimento.
Dão-me o sono
rápido tiram
alucinam-me
e logo congelam
cadáver vivo
morte controlada
veneno posológico
sem overdose.
Não é preciso mais cirurgias
para desfrutar de tal movimento.
Basta um corpo quente
e um espírito escaldado.
Logo conhece-se o sono
atinge-lhe o vazio
ignora-se a dor
e súbito se reconhece
anestesiado
paralítico
estático
com todas as seringas intactas.
Henrique Sater – 11/9/2012
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