nov 172013
“Maria Alejandrina Cervantes, de quem dizíamos que só havia de dormir uma vez para morrer, foi a mulher mais elegante e mais terna que eu jamais conheci, e a mais completa na cama, mas também a mais severa. Tinha nascido e crescido aqui, e aqui vivia, numa casa de portas abertas com vários quartos de aluguer e um enorme pátio de baile com cabaças de luz compradas nos bazares chineses de Paramaribo. Foi ela quem estourou com a virgindade da minha geração. Ensinou-nos muito mais do que devíamos aprender, mas ensinou-nos acima de tudo que nenhum lugar da vida é mais triste do que uma cama vazia.”
Garcia Marquez – Crônica de uma morte anunciada
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