ago 032014
silêncio que satura meus pensamentos
não cessa, nem com notas nem com gritos
silêncio que apressa meus desejos
é traça, que rói cada um de meus ossos.
cala-te e vá embora
mas que não venha em seu lugar
o som parco, pobre, pútrido.
entre você, vazio, que me fustiga
e o diálogo morno, moribundo
sucumbo-me aos seus minutos infinitos.
caço o que não é quieto, mas
tampouco murmúrio
o que não é parado, mas
nem por isso mecânico.
o que não é opaco, muito
menos límpido,
lúcido, lírico.
Henrique Sater – julho/2014
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