abr 292015
 

cavalos de exu trancam as ruas, escopetas
cospem línguas de fogo, o mar avança
sobre as marquises dos bancos, coiotes atacam
pastores nos templos, caem as muralhas
dos shoppings de Tebas, a brisa esfola
o escalpo dos credores, o sol mergulha
num ocaso de trevas, pilantras se ferram
na noite de horrores, ferve no inferno
o sangue dos larápios, centauros libertam
reféns nas UTIs, os gângsteres
dos planos de saúde são devorados, os cabos
das tevês estão todos cortados.

ademir assunção – a noite dos exus

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